"Os Sonhos não são impossíveis"

Cap. 13

- Tom!!! – gritámos os dois.

- O que é que foi? É só uma foto, para mais tarde recordar… Eheheh…

- Prontos, okey… Vá, vai já tomar banho…

- Okey, 20 min e estou lá em baixo…

- Okey, e nem penses que começamos sem ti…

Finalmente consegui vestir-me. Virei-me de costas para o Bill e tirei a parte de baixo. Logo a seguir vesti os boxers dele e umas calças que entretanto me tinha emprestado. Sequei a parte de cima e depois vesti-a com uma blusa também dele. Quando estava a vestir a blusa é que ele reparou numa tatuagem que eu tinha na nuca.

- Ah, tens aí uma tatuagem!

- Yah, porquê? Não gostas?

- Ainda não consegui ver bem…

 Aproximou-se, afastou o cabelo e viu o símbolo da banda rodeado de muitas datas.

- O que é que as datas significam?

- São os doze concertos a que já assisti vossos. O primeiro tinha 10 anos. E agora quero acrescentar aí a data do dia em que te conheci.

- Ó pá, miúda. Adoro-te. Quando fizeste a primeira data?

- Aos doze, juntamente com o símbolo. É claro que a minha mãe só descobriu passado um ano, porque eu falsifiquei a assinatura.

- Só tu… Bom vamos pentear-nos e descer…

Penteámo-nos e descemos. Sentámo-nos no sofá à espera do Tom e da Mimi.

No quarto do Tom

Marisa

Ele estava a tomar banho e eu lembrei-me de que não tinha roupa para vestir. Fui ao armário ver se estava lá uma T-shirt dele que eu o amava. A T-shirt era rosa e eu adorava vê-lo com ela vestida. Encontrei-a e vesti-a. Fui à gaveta dos boxers e vesti uns. Passados uns instantes, ele saiu da casa de banho. Eu entrei e fui pentear-me. Quando me estava a pentear ele chegou ao pé de mim afastou o meu cabelo da minha nuca viu a tatuagem e ficou de boca aberta.

- O que foi? Não gostas?

- Não! Adoro! Mas uma coisa: O que significam as datas?

- São as datas dos 12 concertos a que eu já assisti vossos. A Katy tem uma igual. E agora estive a falar com ela, e vamos acrescentar a data do dia em que vos conhecemos.

- Quando é fizeste a primeira data?

- Aos doze, com a Katy. Claro que as nossas mães só descobriram para aí um ano depois, porque nós, para a podermos fazer falsificámos as assinaturas delas.

- Só vocês.

- Vá, despacha-te lá. Daqui a pouco, está aqui o Bill a refilar.

- Eu quero que o Bill vá dar uma volta.

- Mas vá lá. Despacha-te lá, que eu já estou a ficar com fome.

- Realmente… Também eu…

Ele vestiu-se, ajeitou as tranças, meteu a fita, agarrou-me pela cintura e descemos. Quando chegámos lá a baixo, estavam os outros dois a olhar para nós com uma cara de poucos amigos. O Bill, com os olhos muito abertos, disse:

- Mas vocês sabem, há quanto tempo é que nós estamos aqui à vossa espera?

- É pá, não sejas chato…- disse o Tom.

- Bom, vamos mas é fazer o jantar. O que acham?

Acabei de dizer isto, e o Tom ia começar a refilar, por isso tapei-lhe a boca com a minha mão. A seguir, peguei-lhe na mão e arrastei-o até à cozinha.

- Então, o que vai ser o jantar?

- Hoje, decidem vocês as duas. – disse o Bill.

- Okey, então vamos fazer um prato português, que é delicioso. Macarrão com natas e fiambre. É de comer e chorar por mais. Tenho a certeza de que vocês vão gostar e que vão repetir.

- Hmmm, acho que já estou com água na boca… - afirmou o Tom, a lamber os lábios.

Começamos por pôr a água a ferver e eu fui perguntar aos manos, que entretanto tinham ido para a sala, onde é que estavam a massa, as natas e o fiambre, porque para nós aquela casa era-nos “estranha”. Eles foram explicar-nos e a seguir tive de ir arrancar o Tom do sofá e “tentar” convencê-lo a ir pôr a mesa. Consegui o quase impossível: ele levantou-se e foi pôr a mesa, SEM REFILAR!

Catarina

- O jantar está pronto meninos. – disse a pôr o tacho em cima da mesa e a sentar-me.

Todos comemos e chorámos por mais. Só o Tom repetiu três vezes!

- Fogo! Tom! Estavas com fome!

- Pois estava, e não era pouca!

- Pois, notou-se…

Olhei para o relógio e reparei que já eram onze e meia da noite!

- Mimi! Temos que ir! Já são onze e meia e a porteira fecha o prédio à meia-noite.

- Ah, pois é! Maninhos queridos, não nos querem levar a casa, não?

- Não! – responderam eles em coro.

--------------------------------------------- FIM ------------------------------------------------------